"Não culpo os árbitros. Culpo as "altas patentes" das autoridades do nosso país. Os chefes das várias forças e os juizes. Culpo quem manda e tem o dever de prote ger e não cumpre a sua obrigação. Soubemos que eles foram ao centro de treinos ameaçar a vida dos árbitros e das suas famílias. Isso saiu cá para fora. Mas há muita coisa que não sai. Ninguém fala das visitas ao trabalho das esposas, de lojas desarrumadas e de dezenas de calças espalhadas pelo chão por exemplo. Ninguém fala das esperas à saída dos colégios e escolas dos filhos dos árbitros. Sem dizer nada só a "marcar presença" nos dias antes aos jogos. Só para verem e serem vistos. Ninguém fala das dezenas de telefonemas seguidos nas madrugadas. Vinte, trinta, quarenta telefonemas que quando são atendidos logo são desligados e passado segundos voltam a tocar. Às três, quatro, cinco, seis da manhã. Ninguém fala nos restaurantes de irmãos e familiares de alguns árbitros onde essa bandidagem impune
Pela transparência e fim da corrupção